Marginalização da arte feminina
- Faça Arte Como Uma Garota
- 10 de jul.
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Atualizado: 29 de jul.

Por Maria Francisca Vitorino
A invisibilidade da arte feminina refere-se ao fenômeno histórico em que a produção artística realizada por mulheres foi sistematicamente marginalizada, ignorada ou subestimada em relação à arte produzida por homens. Apenas 6% das obras de arte em exposição são de mulheres, mas 60% das pinturas nus são femininas. As estatísticas, retiradas do levantamento do Museu de Arte de São Paulo (MASP), em 2017, revelam a desigualdade de gênero ainda presente nos espaços dedicados à arte nos dias de hoje.
A invisibilidade feminina é um fenômeno complexo com raízes históricas e sociais profundas.
Na prática, manifesta-se através de diversos mecanismos, como a exclusão de mulheres artistas de instituições de ensino e galerias, a falta de reconhecimento de suas obras e a perpetuação de estereótipos de gênero. Isso resulta em uma representação desigual na história da arte e na dificuldade de acesso ao mercado e reconhecimento do seu trabalho.
Mulheres - como Carolina Maria De Jesus, June Almeida, Dandara Dos Palmares, Ivone Lara e Frida Kahlo - ficaram muito conhecidas, pelos seus talentos, cada uma delas deixando um legado importante em suas respectivas áreas, seja na literatura, na ciência, na luta pela liberdade ou na arte, na perspectiva de encorajar outras mulheres a serem fortes e determinadas a lutar pela sua liberdade de expressão.
Essa desvalorização feminina pode ser combatida através de diversas ações que visam a conscientização, a valorização do trabalho feminino e a promoção da igualdade de gênero em diversos âmbitos. É necessário desconstruir estereótipos, implementar políticas inclusivas e promover uma cultura organizacional que reconheça e valorize as contribuições das mulheres, como promover a igualdade de gênero desde a infância, desconstruindo estereótipos e valorizando as mulheres em todos os contextos.
É primordial a implementação de políticas de igualdade salarial, oportunidades de ascensão baseadas no mérito e ações afirmativas para garantir a participação feminina em todos os níveis. Deve, ainda, reconhecer e valorizar o trabalho de cuidado realizado pelas mulheres, que muitas vezes é invisível e não remunerado, garantindo políticas públicas que o suportem, como licença parental remunerada e serviços de cuidado acessíveis, entre diversos outros fatores responsáveis pela igualdade no mundo.
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